7 Comentários

excelente.

uma coisa que me pega com "a crônica da página em branco" e seus similares nas outras artes é que toda profissão tem momentos de página em branco, mas apenas os ofícios ligados a arte tem espaço para expressar isso de forma aceitável.

pega muito mal para uma pessoa que trabalha em escritório dizer que não há serviço para mostrar hoje porque a inspiração/vontade/energia não veio. numa sociedade super positivista como a nossa no século 21, admitir que não se foi capaz de produzir é praticamente uma rebeldia.

que bom que somos artistas. :)

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É isso. Que bom que vc trouxe seu texto pra nós 💌

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ando olhando os livros na minha estante agora pensando nisso ❤️

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a escrita tem sempre essa ambiguidade: é sobre quem escreve, mas também sobre quem lê.

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Adorei.

E seu texto veio em boa hora: tô aqui sofrendo pra me colocar em um texto - não de newsletter, mas artigo acadêmico. Enquanto não escrevo, ele é perfeito mas inexistente. No momento que ele vai pro papel, é falho mas real. Vou lá tentar matar esse gato. Obrigada pela inspiração

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é aquilo né, quando Pedro fala de Paulo fala mais de Pedro do que de Paulo... algo assim que Freud disse e é pura verdade! quem lê tambem é lido <3

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Adorei essa comparação do texto com o gato de Schrödinger. Em clubes de leitura, smpre me impressiono com as muitas leituras possíveis de um mesmo texto por olhos diferentes. Mas, como autor também, me surpreende ver isso acontecendo com textos que escrevi. Já recebi mensagens de pessoas falando coisas sobre contos meus que me deixaram pensando: "eu escrevi isso? eu coloquei isso ali? ou foi a pessoa que interpretou, que colocou coisa ali?".

Mas tudo é possível. O texto só existe quando o leitor o lê e o fixa nesse ou naquele estado. E, se o relê, talvez o fixe em outro, ou outro, ou outro.

Ótimo texto :)

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