Bora falar de solarpunk?
Dia desses fiz uma enquete no twitter para ver se as pessoas sabiam o que era esse tal de solarpunk. As respostas foram misturadas, acabei fazendo um fio com alguns pontos que achava legal comentar e aí lembrei que tenho uma newsletter para isso mesmo, para o que eu digo não ser soterrado com as grandes polêmicas da timeline como gatekeeping de Toddy.
Antes, aquele saboroso disclaimer: trago aqui um apanhado de coisas que li, vi e ouvi por aí e mais um tanto que pensei e extrapolei em cima. Isto não é um artigo acadêmico e peço que não o considere como tal (ou então me digam o fator de impacto do Substack pra eu colocar no Lattes).
Gênero, uma palavra complicada
Do ponto de vista clássico existem três gêneros literários: dramático, lírico e épico, do jeitinho que estudamos no colégio para o ENEM ou vestibular. Um para ser encenado; um, mais subjetivo, recitado/cantado; e o terceiro envolvendo a narração de uma história.
Mas palavra é algo bem customizável ao gosto de quem usa e, no dia-a-dia, usamos "gênero" de uma forma bem livre, para indicar qualquer forma de categorização literária. Policial? Gênero. YA? Gênero. Autoajuda? Gênero. Existe até a literatura de gênero como antônimo da literatura… sem gênero? (Debate pra outra hora, vou anotar aqui). Em papos com gente mais estudada e entendida que eu, aprendi os termos "modo" e "estética", que tentam desfazer essa confusão.
"Modo" é um jeitinho de contar a história que faz com que ela se pareça com outras. É uma classificação que agrupa histórias que tenham uma série de elementos narrativos em comum. Se eu disser para pensar numa história policial, você até pode se lembrar de alguma em específico; mas se eu pedir para pensar numa história policial genérica, os elementos que compõem o modo “trama policial” aparecerão em sua mente. Um crime, alguns suspeitos, um investigador quase sempre lascado, pistas, uma pista falsa, uma falsa conclusão, uma pessoa cujo papel muda no meio da trama, a resolução do caso. São opcionais chuva e alguma bebidinha que é marca registrada do investigador, seja uísque, chá ou isotônico. Isso não faz de contos policiais histórias menos originais, muito pelo contrário. Explorar bem esses elementos e subvertê-los quando necessário são as marcas de grandes autores (um beijo, Agatha Christie!). Taí um bom assunto pra outra hora: o mito da originalidade. Se quiser pensar em outro exemplo, dá pra pensar em fantasias nas quais o protagonista vai pro mundo mágico e acha um jeito de voltar para casa, ou “histórias de advertência”, aquelas ficções científicas em que uma tecnologia nova surge, alguns cientistas fazem advertências sobre o uso dela e… o resto já sabemos.
Ao falar de "estética", falamos menos de estrutura narrativa e mais de elementos e temas que ajudam a dar um ar, uma vibe à história. Podem ser elementos do cenário, eventos específicos, o que for necessário para a gente bater o olho e pensar: poxa, adoro (ou detesto) steampunk/vaporpunk. Porque tem babados nas roupas, cartolas, oficinas enfumaçadas, ciência e tecnologia fantasiosas, pessoas com mais sorte que juízo. Ou uma boa space opera com ciência que parece magia, aliens que são praticamente humanos com máscaras, civilizações multiplanetárias, conspirações pra lá de bizantinas e tramas complexas resolvidas com o poder do amor ou da amizade.
Ao dar o steampunk como exemplo, já se imagina onde está o solarpunk. Na literatura, é uma estética. Friso que é "na literatura" porque o solarpunk é também movimento artístico, posicionamento político, estilo de vida. Alguns elementos presentes aqui são energias renováveis, tecnologia e ciência a serviço do resgate da integração homem-natureza, respeito a povos originários, construção e manutenção de utopias, soluções para a crise climática, celebração da diversidade humana, tecnologias ancestrais, colocar bio- como prefixo de tudo que imaginar. Referências à Art Nouveau e ao Studio Ghibli.
Uma pequena digressão: Me perguntaram no twitter qual era a parada da Art Nouveau, se era um elemento obrigatório. Eu creio que não, mas que esta relação vem de tanto o solarpunk quanto a Art Noveau valorizarem o biomimetismo, seja na aparência, seja na busca de solução de problemas. A função e forma se complementam de maneira a buscar os caminhos energéticos otimizados por organismos vivos e a ter forte caráter ornamental.
E porque solarpunk ao invés de outro nome como hippie-tech?
SOLAR
Aqui vale um duplo sentido, o literal, de sol mesmo, energia solar. Tanto como energia sustentável (uma palavra meio gasta e meio mentirosa, mas que serve por hora) quanto como a base energética do mundo vegetal e por consequência do mundo vivo. Os painéis solares marcam forte presença no imaginário e nas imagens solarpunk, mas não são as únicas e nem necessariamente as melhores fontes de energia. Só que ficam mais bonitos na “foto”.
No sentido figurado, o sol é luminoso, quente, acolhedor, revelador. Mesmo que nos libertemos de toda a carga iluminista, o sol é o princípio positivo, otimista. Quando uma pessoa é para cima e cheia de energia, dizemos que é uma pessoa solar. O sol nasce para todos e é fonte da vida. O otimismo e sobretudo a esperança proativa são elementos fortes da estética, e o solar também traz isso. É aqui também que reside o ponto de divergência com o cyberpunk e seu característico cinismo/niilismo. Mesmo que haja nuvens ou seja noite, uma hora o sol voltará a brilhar.
PUNK
Nada é mais distante de uma utopia solar que a imagem estereotipada de um punk. O punk é visto como urbano, noturno, agressivo. Contra a ordem. Mas… um moicano espetado não nos lembra raios solares?
O punk é contestação e questionamento do status quo. E resistência. Um mundo que está sendo destruído (eu ia colocar um "lentamente" aqui mas acho que não podemos mais nos enganar) pelo capitalismo tardio precisa de mudança e de urgência. Fiz o dever de casa e dei uma lida sobre punk e me surpreendi em como o estereótipo é apenas um estereótipo bem limitado.
A desconfiança em relação aos poderes estabelecidos e a criação de alternativas é punk pra caramba. Assim como o senso de independência e do faça-você-mesmo. Pensando nesses termos, nossas avós provavelmente foram muito mais punks que nossa geração.
Se aprofundarmos as leituras vamos acabar esbarrando em anarquismo, ecossocialismo, decolonialidades e tantos -ismos e -dades que em uníssono gritam a falência do sistema vigente.
Uma breve linha do tempo
O solarpunk ainda é relativamente recente, e quando se debate sobre ele um dos pontos que surge é que talvez nos falte uma distância cronológica para bater o martelo sobre um ou outro tópico. De qualquer forma, tem algumas datas e textos que acho importante comentar e conhecer. Os textos de 2014 e 2019 eu já tinha visto, e o de 2008 eu só conheci agora. Tentei pesquisar sites pela data de publicação anteriores a essa data, mas não encontrei nada. Infelizmente, apenas o manifesto de 2019 conta com tradução para o português.
2008: O termo solarpunk é sugerido no site Republic of the Bees. Num artigo breve, é descrito como a ideia de se voltar a fontes energéticas usadas antes dos combustíveis fósseis surgiu a partir de um barco moderno que usava velas como uma forma auxiliar de propulsão a fim de economizar combustível. No texto, o solarpunk é apresentado como uma derivação do steampunk e comparado a ele.
2014 (agosto): No site do tumblr Land of masks and jewels, a usuária missolivialouise propõe uma lista de elementos para uma estética solarpunk, com ênfase em Art Nouveau e a integração entre vegetação e ambientes e atividades urbanas.
2014 (setembro): No site Hierogplyph, no texto Solarpunk: Notes toward a manifesto, Adam Flynn retoma a estética proposta no mês anterior e acrescenta algumas camadas políticas ao debate.
2019: no site Regenerative design foi publicado Um manifesto solarpunk, composto por várias pessoas mas sem assinatura. No manifesto, os aspectos artísticos, científicos e políticos do movimento são contemplados e na minha humilde opinião é o melhor documento que temos sobre o solarpunk hoje.
Na literatura há hoje um grupo de obras que se definem como solarpunk, inclusive com uma revista exclusiva para a estética, a Solarpunk Magazine, que já publicou os brasileiros Renan Bernardo e Raquel Setz. Outro destaque é a coletânea Solarpunk publicada em 2012 no Brasil pela Editora Draco. Essa coletânea foi a primeira do mundo a trazer essa estética declaradamente.
Genealogia solarpunk
Já que o solarpunk nos deixa bem ligados a processos orgânicos, vamos lembrar de Pasteur e sua comprovação que só a vida gera vida. Com ideias, arte, movimentos e afins, a dinâmica é parecida. O solarpunk não surgiu do vácuo. Aqui destaco algumas obras que já traziam um ou outro elemento e que indico a leitura:
Os despossuídos: Ursula Le Guin vai no cerne do “a utopia de um, é a distopia de outro” no sistema planetário duplo Urras-Anarres e seus sistemas econômicos e de governo radicalmente distintos, cada um vivendo a sua própria utopia. Além desse debate, é interessante notar a organização social e a relação com o ambiente desértico/escasso em Anarres. Ali as coisas são feitas com uma gestão mais racional dos recursos, e mesmo que uma das justificativas para isso seja a escassez, vale à pena prestar atenção. Mesmo porque em nosso mundo não temos a abundância de recursos que acreditamos ter.
Floresta é o nome do mundo: Aqui Ursula Le Guin coloca duas civilizações em contato: uma predatória e extrativista (sim, estes somos nós) e uma que vive em unidade com a natureza até ser subjugada e explorada. O modo de vida do Athsheanos, os nativos do planeta invadido pela humanidade, pode nos ensinar muito sobre como poderia ser uma sociedade ecologicamente utópica.
A parábola do semeador: achou que não ia ter Octavia Butler? Achou errado! Olamina e sua proposta de comunidade são muito solarpunk. Seu bordão “cuidem uns dos outros”... quer coisa mais revolucionária que isso, em contraste com nosso mundo que prega o “trabalhe enquanto eles dormem”? E o processo de união e sobrevivência de seu grupo na duologia (sim, porque é impossível não ler A parábola dos talentos depois) mostra que a construção de uma utopia não é algo sem problemas e conflitos.
Filhos de sangue e outras histórias: Ainda de Butler, mas agora uma coletânea onde quero destacar um conto e um ensaio: "O Livro de Martha" e "Obsessão Positiva". Em "O Livro de Martha", com muito carinho e paciência ela mostra senão a impossibilidade, a dificuldade de escrever utopias. Em "Obsessão Positiva", ela traz uma breve autobiografia em tópicos de sua vida de escritora e de como insistir lhe rendeu bons frutos. O título desse ensaio é uma expressão que aparece em A parábola do semeador, e acho que diz muito sobre o modo solarpunk de encarar o mundo. Com tenacidade, proatividade e esperança, mas sem ingenuidade.
Tem mais? Sempre tem. Faltou algum? Que bom, mais coisa boa para a gente ler e discutir. Comenta aí pra nós!
Mas e tem conflito em utopia?
Recentemente, a Editora Aleph publicou um reels sobre o solarpunk. Surgiram alguns comentários sobre a possível ausência de conflito nessas histórias e/ou em utopias em geral, o que seria um aspecto negativo. Tomo a liberdade de refletir um pouco sobre isso aqui.
Quando falamos de conflito, há vários tipos e alguns deles aparecem com mais frequência em obras de ficção científica: humanidade vs. natureza, humanidade vs. tecnologia, humanidade vs. humanidade em tramas militares ou revolucionárias. Ao pensar o solarpunk, podemos repensar alguns destes conflitos. Realmente tramas militarescas se afastam muito da estética, mas tudo relacionado à natureza e/ou tecnologias se aproxima dela. O mais óbvio dos conflitos seria em torno de como criar uma realidade solarpunk. Ver a natureza como parceira ao invés de adversária não a torna automaticamente dócil ou colaborativa, e se adaptar ao meio ao invés de adaptar o meio a si próprio é uma mudança de paradigma que encontra resistência. Ao falar de tecnologia, não é difícil imaginar conflito entre diferentes grupos de pesquisa ou inventores: mesmo num mundo anticapitalista pode haver disputas pela glória ou pelo pioneirismo nas criações. Há também a problemática de cada novo avanço: num mundo solarpunk não se pensa no progresso pelo progresso. Falando de pessoas contra pessoas, temos um manancial infinito de divergências, seja sobre o que seria a utopia ou até um amor proibido entre pessoas de famílias ou comunidades agroecológicas rivais. Então discordo muito sobre a ausência de conflitos, talvez o que falte seja o desejo de explorar novos conflitos ou novas abordagens.
Outro ponto é a questão da estrutura narrativa. Pensar novos mundos pode exigir novas formas de narrar estes mundos. Pensar mundos que resgatem e contemplem tecnologias tradicionais/ancestrais é também resgatar ourtas formas de narrar. Vez ou outra vejo pessoas reclamando de como as histórias andam parecidas, reclamando da jornada do herói e estrutura engessadas. E como resposta a isso, sempre é citado o kishotenketsu. Ou seja, até a “alternativa” é uma resposta única que já se desgasta. Solarpunk é decolonial, e a tendência é que isso se reflita também na forma. A forma do colonizador é perfeita para contar a história dele, mas qual o sentido da jornada do herói em histórias que se pautem pelo coletivo?
De maneira alguma eu sugiro que se abandone qualquer forma, mas desejo que sejamos mais abertos à diversidade narrativa. Afinal de contas, na natureza um dos maiores ou talvez o maior trunfo para a sobrevivência seja a diversidade.
É a hora de o leitor assumir seu papel e buscar histórias que desafiem estes padrões impostos. Não tem como pedir que se mude o cardápio sem desafiar seu paladar e o expor a novos sabores e texturas.
E tal obra, é solarpunk?
Cito Clarice: “E eu sei?”. Saio lindamente pela tangente ou faço a linha professor e devolvo a pergunta: “Para você, é? Porque acha que deveria ou não deveria ser?” E claro que tem a linha colega-de-bar-que-se-acha-psicólogo: “Por que pra você é importante que seja? Como se sentiria se ela fosse ou não classificada dessa forma?”
E resumo bem: isso importa para quem? Eu tenho deixado essas classificações mais rígidas para o pessoal das livrarias e bibliotecas que precisam colocar o livro em alguma estante. Ou para os acadêmicos que precisam entender muito mais além dos “o quês” e buscam os “comos” e “porquês”. Eu penso no que li, no que conversei, vejo o manifesto e sempre avalio em termos de elementos. Tal e tal elemento são solarpunk, tal elemento vai um pouco contra. E assim por diante. Dia desses, li uma história que estava num campo que ainda gostaria de explorar na minha ficção: a interface cyber-solarpunk. Como seria uma revolução solarpunk? Seria uma convulsão social? Uma paradoxal revolução gentil? Uma obra focada nessa transição seria solarpunk o suficiente? Suficiente para quê? Para quem?
Por mais que a nitidez nessas classificações nos traga paz, a polícia secreta do solarpunk não vai aparecer para punir qualquer erro de análise. E talvez tentar observar as obras pelo que elas são, usufruir delas e do que têm pra ensinar sem pressa de rotulá-las seja uma atitude mais… solarpunk?
No mais, sem mais.
Abraços ictiomercuriais,
Thiago Ambrósio Lage (@thamblage)
PS.:
Hoje (08/02) é meu aniversário! Eu tinha pensado em marotamente divulgar a minha wishlist da Amazon, mas vendo minhas estantes abarrotadas eu acho que seria muito cara-de-pau vir aqui pedir livro. Então se quer me presentear, peço outra coisa: peço que apoie o cinema nacional. Uma amiga está com financiamento aberto de seu curta-metragem Tênue. O filme é um body horror feminista que gira em torno de uma modelo que resolve perder peso de uma forma incomum. Eu li o roteiro e está maravilhoso, e como pessoa obesa que já teve seus flertes com transtornos alimentares, acho que o filme traz uma discussão sempre necessária, e agora com a perspectiva brilhante de Alana Dysarsz. O financiamento coletivo está no catarse, e o filme também tem perfis no instagram e no twitter para quem quiser conhecer um pouco mais da história e fazer doações por pix.
Está em pré-venda (ou venda, se estiver lendo isso no futuro) a coletânea Solarpunk: como aprendi a amar o futuro. Tem autores de vários países com contos que trazem visões otimistas do futuro, ou pelo menos boas esperanças. E este que vos escreve teve a honra de traduzir um dos contos! O livro sai no fim do mês e se eu fosse você, clicava no link nem que fosse para ver a capa que tá lindona!
Falando em links e sites, eu finalmente me cadastrei no programa de associados da Amazon, então sempre que comprarem alguma coisa com os links que eu compartilhar aqui, eu receberei uma comissão. Por hora estou longe de pensar em monetizar a newsletter, mas é um jeito de ganhar uma graninha pra pagar pelo menos os petiscos que como enquanto escrevo.
Ia fazer uma playlist de Punk clássico hoje mas quando vi que tem a versão punk de Don´t stop me now do Queen eu vi que achei o hino solarpunk. E assim nasceu uma playlist de músicas solares e que falam de luta, esperança e amizade… de um jeitinho punk.
Obrigado pela leitura!
Se gostou da newsletter, pode querer conferir o que tenho produzido como escritor em meu site, e como podcaster no Incêndio na Escrivaninha, junto das escritoras Ana Rüsche e Vanessa Guedes. Ou pode querer apenas me seguir nas redes twitter, instagram e facebook e ficar por dentro de minhas bobagens e novidades.
Eu nunca fui muito próxima desses assuntos, mas depois que eu conheci a Ana & Cia (que inclui vc e a Vanessa), um mundo de possibilidades se abriu. E o mais legal é que eu nunca tinha pensado como essa temática pode se conectar - pelo menos um pouco - com a minha área de pesquisa no mestrado.
Brevemente, estou estudando indústria frigorífica e os Guarani-Kaiowá. Nesse role vc vai percebendo como a alimentação, algo tão essencial, quando vem do agronegócio, na verdade é um veículo de morte. Isso porque a forma como produzimos a comida além de não alimentar todos, embora tenhamos capacidade técnica para tal, esta destruindo o planeta. E ai que entender o modo de produção Guarani Kaiowá - que foi drasticamente afetado por diversos fatores, sobretudo pela perda do território - é entender como é possível alimentar sem matar.
Enfim, nesse role todo, esses assuntos, como esse da sua news, parecem se conectar muito bem por estamos trabalhando na mesma dimensão: capitalismo, colonização, destruição de modos de vida tradicionais, resistência e por ai vai.
Não sei se viajei, será?
Adorei o texto, adoro entrar em contato com essas discussões.
E feliz aniversário <3
Woohoo, adorei! Descobri mês passado que fizeram o conceito de lunarpunk, já ouviu falar? Tem uma coletânea saindo aí solarpunk/lunarpunk, usa justamente esse conceito figurado pra contrapor solar com lunar. Mas eu fiquei meio em dúvida acerca dessa extrapolação, se não é forçar um pouco a barra.
E parabéns!